Juros altos, inflação em disparada e consumo travado: como a economia de 2025 afeta diretamente as mulheres brasileiras
Com IPCA em 5,65% e Selic rumo a 15%, o aumento no custo de vida obriga milhares de mulheres a repensarem hábitos, orçamento do lar e decisões de carreira

A nova projeção do Banco Central para 2025 acendeu um alerta que bate direto no dia a dia das mulheres brasileiras. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (7), a inflação deve fechar o ano em 5,65% — muito acima da meta oficial — e o crescimento da economia (PIB) está estagnado em 1,97%. Em paralelo, os juros sobem sem freio: a Selic, que já está em 14,25%, deve chegar a 15% até dezembro. Na prática, isso significa crédito mais caro, supermercado mais pesado e consumo limitado, principalmente para quem lidera o orçamento da casa: elas.
Com o dólar previsto em R$ 5,90, os preços de alimentos, roupas, cosméticos e produtos de higiene pessoal continuam subindo. Em fevereiro, o IPCA registrou 1,31%, o maior índice para o mês desde 2003, acumulando 5,06% em 12 meses. Enquanto isso, salários não acompanham esse ritmo e as dívidas crescem.
Mulheres estão repensando cada gasto e buscando alternativas
Em muitos lares, são as mulheres que controlam o orçamento familiar — e já enfrentam escolhas difíceis: cortar a feira da semana ou reduzir a conta de energia? Parcelar no cartão ou deixar para depois? Trocar de profissão ou empreender para complementar a renda?
A tendência, segundo especialistas, é que esse cenário de economia travada, consumo em baixa e crédito restrito continue pelos próximos anos. A previsão para o PIB em 2026 é de apenas 1,6%, com uma lenta melhora prevista só em 2027 e 2028 (2% ao ano). A Selic também só deve cair gradualmente, chegando a 12,5% em 2026 e 10% em 2028.
Mais do que nunca, o protagonismo feminino na economia importa
Esse momento exige organização financeira, planejamento, educação econômica e coragem para se reinventar. A mulher que cuida do lar, empreende, trabalha, estuda e sonha já entendeu: o desafio é real, mas a força feminina é maior.
Mais do que acompanhar a economia, é hora de liderá-la — com consciência, inteligência e protagonismo.